quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Expondo a alma



Bolivariene cria uma lhama escondida no fundo de casa, tenho certeza. Com cabelos negros e longos e seus olhos levemente puxados, ela vende saltenha no Mercadão. Não, não é nada disso. Mas poderia ser, se ao invés de ter nascido em Ladário (MS), Viviane tivesse nascido na outra cidade vizinha de Corumbá, Puerto Quijarro, na Bolívia. Aos 24 anos, dá sempre uma entonação de voz tão interessante a suas histórias, que ela me leva aos risos constantemente, deixando-me com aquela cara de bobo, que não consegue manter a boca fechada e a expressão séria.

Foi ela quem convocou a entrevista via MSN; marcou o dia, 15 de junho; a hora, 13 horas; e o lugar, a Fontebella, sorveteria na esquina da Avenida Afonso Pena, com a Rua Pedro Celestino, em Campo Grande (MS), onde mora há seis anos. A conversa acabou sendo transferida para a Praça do Rádio Clube, localizada em frente da sorveteria, fechada no horário em que tínhamos marcado o encontro. Foi num dos bancos próximo ao parquinho e embaixo de uma das árvores que alegram o lugar que ela falou da infância, da adolescência, da época da faculdade, da fotografia e dos sonhos para o futuro.

Viviane fala com tanta convicção que vai ser assessora de imprensa da Ferrari, que não tem nem como duvidar. Parece uma questão de tempo, para que eu possa ligar para ela pedindo uma credencial de visita ao box, com direito a lugar no camarote vip da escuderia italiana. Antes disso, vamos conhecer juntos a Zâmbia. Ela só corre o risco de ficar morando lá e se tornar uma nativa no país africano... No Orkut diz que vive em Cingapura e tem umas comunidades hilárias, mas, por enquanto, é em Campo Grande, que segue seus passos, se refrescando com sorvete de amarena com iogurte - levemente azedo, levemente doce - para alegrar seus dias, ao lado do Gordo que escolheu para ser seu. É de lá, dois dias após o casamento da Marê, que vem a entrevista que você lê a seguir:

Guilherme - Gostaria que você começasse falando seu nome, sua idade e onde você nasceu.
Viviane
– Onde eu nasci dá medo (risos). Viviane Duarte de Amorim, 24 anos, eu nasci em Ladário, gente. É ali na cidade da Kely (risos).

Gui – E o que você faz, Viviane?
Vivi
– Eu sou jornalista, agora faço assessoria de imprensa para CDL [Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande], aquele monte de empresários.

Gui – Você só nasceu em Ladário e depois foi para Corumbá, é isso?
Vivi
– É. Meu pai era do Exército, aí como na Marinha era de graça, o pessoal falou vai lá. Com a minha prima aconteceu a mesma coisa agora, a filha da minha prima nasceu em Ladário também.

Gui – Você não recomendou? Falou ‘não faça isso com a sua filha’?
Vivi
- É, né? Mas como o marido dela é militar e, na Marinha é de graça, não tem jeito. Minha família é do tipo que não pode ver promoção, coisa de graça.

Gui – Como foi a sua infância em Corumbá? Do que você brincava? O que você gostava de fazer?
Vivi
– O que eu gostava de fazer? Meu Deus do céu, eu fazia de tudo! Eu quase não vim com joelho mais. Eu tenho cicatriz na perna inteira, andava igual a um menino. Jogava bola, brincava de pique-esconde, jogava taco, aqui é bete, né? Jogava taco! Que mais? Cola-cola americano, subia em árvore e jogava vídeo-game na barraquinha do tio do lado de casa, que era R$ 1 a hora, quando a minha mãe comprou o vídeo-game perdeu a graça.

Gui – E de boneca você não brincava?
Vivi
– Eu brincava! Brincava com as minhas amigas ladies.

Gui – O que eram amigas ladies?
Vivi
– As minhas amigas menininhas. Com elas eu brincava de boneca, Às vezes, em casa eu brincava de boneca. Acho que eram uns 15 meninos na rua, só eu de menina, então eu me adequava: com os meninos eu brincava de brincadeira de meninos e com as meninas eu brincava de Barbie.

Gui – Você tem um irmão, né?
Vivi
– O Luís Felipe.

Gui – Ele é quantos anos mais novo?
Vivi
– É três anos mais novo, ele tem 21.

Gui – Você brincava bastante com ele ou mais brigava?
Vivi
– A gente brigava e brincava do mesmo jeito. A gente é do tipo: se bate, mas não se separa.

Gui – Como foi a fase seguinte da adolescência? Os primeiros namoros, o primeiro beijo...
Vivi
– Gente, o meu primeiro beijo, menino, foi no show do Gabriel O Pensador.


Gui - Tinha show do Gabriel O Pensador em Corumbá?
Vivi
– Tinha. Show dele, do PO Box e Molejo, os tops de linha foram para Corumbá. Aí, a gente tava no show do Gabriel O Pensador, eu e meu irmão, eu tinha 13 anos... Eu meu irmão e a babá, coitada dela, gente!

Gui – Vocês tinham uma babá com 13 anos?
Vivi
– É por causa do meu irmão e tudo, como eu não queria... Ela trabalhava lá em casa. Quando meus pais saiam, ela que cuidava da gente. Aí para o show, lá foi ela, coitada, Eu dei um sumiço naquele dia, fui atrás do poliesportivo de Corumbá, beijei o filho da dona do Boticário.


Gui – Era o menino mais bonito do bairro?
Vivi
– Não! Nossa, ele era muito feio, ele é muito feio até hoje!

Gui – (risos) E, como assim?
Vivi
– Não sei, a minha amiga namorava o amigo dele e falou fica com ele, ele é legal. Eu falei puta merda!

Gui – O primeiro beijo nunca é um beijo de verdade ou foi um beijo tipo...?
Vivi
– Foi um beijo, mas daí eu olhei para cara dele, ele me beijava, eu pensei “o que estou fazendo aqui?”. Aí, quando parou, eu olhei para cara dele e falei: “Só isso?” Eu fiquei nervosa, treinei na bacia de gelo, pra ser só isso? Foi bem assim, bem trash.

Gui – E depois, como você decidiu vir para Campo Grande fazer Jornalismo? Como foi essa decisão de cursar Jornalismo?
Vivi
– Olha não me faz pergunta difícil. Eu sempre gostei de jornalismo, eu sempre vi as pessoas escrevendo, o meu avô diz que é poeta. Ele sempre escrevia, ele não é uma figura muito marcante nesse sentido, mas ele sempre falava que eu tinha que escrever. Para o meu pai e para minha mãe eu tinha feito Medicina ou Direito, que dava mais oportunidade e blá, blá, blá, só que eu não quis. Eu acabei gostando de escrever, acabei gostando desse tipo de coisa, depois que eu entrei na faculdade...

Gui – Mas antes disso você pensou em fazer algum outro curso?
Vivi
– Não! Meu pai quase me convenceu a fazer Medicina, mas eu fiquei pensando quantas pessoas eu ia matar.

Gui – Quando você era criança pensou em ser astronauta?
Vivi
– Astronauta, bombeira, piloto de Fórmula 1 (risos)

Gui (rindo) – Ah, é verdade! Você sempre fala isso!
Vivi (rindo)
– Eu quero ser piloto de Fórmula 1!

Gui – Você ainda vai ser assessora de imprensa da Fórmula 1?
Vivi
– Eu vou ser assessora de imprensa da Ferrari, claaro. Eu vou fazer assessoria para equipe da Zâmbia...para o Grande Prêmio da Zâmbia!

Gui – Daí, quando você entrou na faculdade o que aconteceu?
Vivi
– Quando eu entrei na faculdade eu fui morar com duas amigas. Uma eu conhecia bem, já tinha estudado junto, que era a Ariane, e a outra era a Silvinha. A Silvinha eu fui conhecer depois que eu morei aqui. No primeiro ano de faculdade você nunca é muito certo e as pessoas que moram aqui já são mais chatas, já tem suas manias. E acabou que não deu certo, daí eu mudei para o [residencial] Eudes [Costa]. Eu fiquei no Eudes algum tempo. Morei com outras pessoas, mas... Eu sou um tanto quanto difícil, quem me conhece sabe disso.

Gui – Das pessoas que você morou, quem foram as mais marcantes? Quem deu mais certo?
Vivi
– O Miro e a Geovana. O Miro foi muito pouco tempo, mas foi legal pra caramba morar com ele. A Geo foi uma pessoa muito legal. Agora, nosso primeiro ano eu não esqueço de ter morado com a Ariane, por causa das festas que a gente fazia lá em casa e as puteadas que eu levava depois. Tipo, quando ela viajou para o Intercom e mudou uma galera lá pra casa uma semana. Essas coisas são mais marcantes. A Ariane foi uma pessoa bem marcante, depois ela me expulsou de casa, a gente brigou e tudo, mas tudo bem.

Gui – O Alcindo era muito engraçado?
Vivi
– O Alcindo era muito engraçado, gente! O Alcindo olhava para mim...Eu chegava em casa, o Alcindo estava sentado reto, com a postura 90 graus, segurando um livro, e dizia: (imita em tom grave e sério a entonação e a pronúncia correta dele) “Boa noite, Viviane, que bom que você chegou. Vou preparar o nosso jantar.” O Alcindo era um doce! Foi nessa época que eu morei com o Alcindo que eu descobri que eu não precisava de TV para viver. Fiquei seis meses sem televisão. Eu ouvi a Olimpíadas inteira no rádio! E aí quando eu morei com o Alcindo, a Camila e a Marê eram as minhas vizinhas de cima. A época do Eudes Costa foi uma muito legal.

Gui – E como foi a faculdade no geral? Quais foram as descobertas que você fez? Qual crescimento te proporcionou?
Vivi
– Eu descobri... Fora ter conhecido as pessoas que eu conheci, de ter aprendido muito com elas. Eu descobri uma coisa que eu me apaixonei que foi a fotografia. Tipo, eu não sabia que era tão bom, mas é uma coisa que me deixa muito bem, eu podia trabalhar com isso para o resto da minha vida, sem reclamar de nada.

Gui – É o que você quer fazer, quando você pensa em jornalismo?
Vivi
– Eu penso em fotojornalismo, penso em foto. É o que eu acho mais tocante, mais emocionante. É o que eu acho que tem de mais bonito. Não que escrever não seja bom, eu amo escrever. Mas quando você consegue passar, um sentimento sem precisar escrever uma palavra eu acho isso, para mim, muito mais tocante, uma experiência muito mais legal. E quando eu descobri fotografia para mim foi ‘tchurum!’, achei a razão da coisa.

Gui – Você lembra quando foi esse momento? Em que ano ou em que aula? Foi nas aulas de fotojornalismo, antes ou depois?
Vivi
– Eu acho que foi antes, quando a gente pegava a máquina no laboratório, eu comecei a mexer com isso e comecei a descobrir uns fotógrafos legais. A aula de fotojornalismo foi para me acrescentar conteúdo mesmo, de como fazer, o que fazer, como usar, foi a parte mais técnica. A descoberta da fotografia mesmo, foi um pouco antes, quando eu usava a máquina de fotografia para brincar.

Gui – Ontem eu estava fuçando o meu computador e achei uma foto em que eu estou num carro antigo na UFMS. Você não vai lembrar nunca. Nós estávamos andando na federal e achamos um carro de mil novecentos e bolinha e começamos a fazer um ensaio fotográfico...
Vivi
– Não me é estranho isso, minha mente captou um pedaço disso...

Gui – Eu vou te mandar. (A foto está postada abaixo da entrevista). Eu falei ‘que foto linda, foi Viviane isso’ e lembrei do dia.
Vivi
– O problema foi depois da faculdade com relação a fotografia. Algumas pessoas tentaram me desacreditar disso. Não desacreditar disso. Não, ‘isso não é bom’, mas ‘eu sou melhor que você nisso, eu faço isso muito melhor que você’. Eu sempre falava, gente, mas muita gente pode fazer melhor do que eu, muita gente pode fazer pior do que eu, muita gente pode fazer igual...

Gui – Mas daquele jeito só você, né? Com aquele olhar, a fotografia é muito isso, né?
Vivi
– É muito pessoal. Eu acho também que é uma coisa de prática. Eu lembro que o Hélio não conseguia fotografar nada e de repente ele saiu um dos melhores que eu já vi. Eu acho que você aprende muito, você aprende com o olhar. Você precisa também ter o feeling para a coisa, gostar um pouco daquilo. Depois você aprende o que fazer, como fazer, o que olhar, você acha o seu foco.

Gui – Você tem uma máquina hoje? Você fotografa?
Vivi
– Eu ainda não tenho uma máquina. Eu preciso comprar uma máquina, mas agora eu uso a da CDL.

Gui – Qual é o seu objetivo com a fotografia? É trabalhar em um jornal? É fazer foto...
Vivi
– O problema que eu vejo em jornal é que você fica muito condicionado ao que os outros querem. Eu acho legal você fazer aquilo que os outros querem com o seu olhar, mas aí tem que ser o Sebastião Salgado, o Paolo Pellegrini, a trabalhar na [Revista] Magnum. Eu lembro um dia que eu falei para a Fu que eu queria trabalhar na Magnum. Ela respondeu “graças a Deus, você não é arrogante o suficiente”.

Gui – E como foram as pessoas que você conheceu na faculdade? Quais foram as que mais marcaram e por quê?
Vivi
– Olha, as pessoas... Gente, tem tanta gente que me marcou nessa época da faculdade: a Maria Eliza, a Maria Fernanda, a Camila Abelha...

Gui – A Maria Eliza por quê?
Vivi
– Eu não sei, eu gostei da Marê gratuitamente. Eu lembro que ela sentava lá na frente, só perto da Isabela, e eu chegava para conversar com ela. Toda vez eu ia lá e ficava tentando puxar assunto com ela. Eu não sei, eu gostei dela gratuitamente, antes dela falar com todo mundo. A Fu, bom não tem como não gostar da Fu, né? Agora a Camila Abelha é muito pelo jeito dela, é muito pelo jeito “Ahhh...”. Ela é muito mal-humorada. Eu gosto muito do jeito dela. Ela dá bronca até quando ela está sendo legal com você.

Gui – São pessoas que você acha que vai levar para o resto da vida?
Vivi
– Sinceramente, eu espero que sim. Sinceramente, eu espero que sim. Não foram só elas, foi você, a Maureen, a Marina. O Bruno eu já conhecia, o Xixão eu já conhecia, mas a gente teve um estreitamento muito maior depois. A Isabel, eu adoro a Isabel, como diz o meu pai, ela é a minha amiga que coça o saco. E todas essas pessoas... Acho que a gente se encontrou. Eu tava falando pra Maureen a gente é tão chato, tão... Tão tudo, que a gente se encontrou ali, fechou. Olha, são pessoas que eu pretendo levar para o resto da minha vida. Eu quero ficar velha, como diz a Marê, ficar velha com pés de galinha e imaginar o que a gente vai estar fazendo.

Gui – Como foi sua relação comigo? Como eu sou?
Vivi
– Com você? Você é legal, eu gosto de você! Eu não sei falar muito assim, mas você é uma das pessoas que eu mais gosto.

Gui – Pode falar mal também. Críticas e elogios...
Vivi
– Hummm... Eu não sei o que falar mal. Não tenho o que falar mal, às vezes, a gente até procura, mas não tem o que falar mal, cara. Acho que, cara, num tem o que falar mal de você.

Gui – Nem bem? Eu sou só legal?
Vivi
– Cara, você é uma pessoa extremamente inteligente. É uma pessoa que escreve muito bem. Quando eu lia seus textos, eu ficava pensando “eu não vou escrever assim igual ele não”. Isso é de você e do Hélio. Gente, eu não consigo escrever como eles. São pessoas extremamente inteligentes. Eu esqueci de falar do Hélio, eu gosto do Hélio. Tudo que eu sei da minha vida sexual eu aprendi com o Hélio.

Gui – Você entrou na faculdade virgem, né? Pode contar isso no blog?
Vivi
- Entrei na faculdade virgem. Pode, pode contar isso. Entrei na faculdade virgem, a maioria das coisas que eu aprendi foi com o Hélio, as outras coisas, como diz a Marina, é um chip que está na nossa cabeça, é só a gente usar que vai.

Gui – Como assim? Você aprendeu na prática com o Hélio? Para as pessoas entenderem...
Vivi
– Olha, não foi na prática, não que geral não tenha tentado, mas não foi na prática. A única namorada dele era a Luciana (risos). Ai meu Deus...

Gui – E como você avalia o governo Lula? Essa é parte séria da entrevista, né?
Vivi
– Eu tenho medo dessa parte séria da entrevista, por que tem certas coisas que a gente tenta ignorar para não ficar tão revoltado. Não sei, sabe o que eu acho: que ele não governa, ele põe os outros para governar. Ele está ali para posar e assinar papéis que dão para ele. Eu acho que ele é muito omisso em certas coisas, muito... Eu não sei, mas, às vezes, dá a impressão de que ele está a passeio no cargo. Eu acho que antigamente ele tinha uma causa, ele lutava por uma causa, hoje em dia a causa dele não faz mais sentido para ele mesmo. Acho que ele perdeu um pouco disso.

Gui – Que tipo de governo a gente precisaria ter para resolver os grandes problemas que existem no País?
Vivi
– Eu acho que não é um tipo de governo que a gente tem que ter. A gente tem que mudar a mentalidade da população, das pessoas que trabalham por nós, as pessoas que tem essa voz de comando por nós. Para mim mentalidade só muda, com educação. É começar de baixo, começar com as crianças e eu fico pensando como que a gente vai conseguir mudar, se as pessoas que estão lá não pensam nisso. Eu não sei que tipo de governo poderia fazer isso. Que, para mim, o mundo inteiro é um pouco assim. O meu medo é desacreditar de tudo, sabe, tipo, foda-se.

Gui – Você acha que o jornalismo tem um papel importante nesse processo?
Vivi
– Extremamente importante. Apesar de tudo nós somos formadores de opinião. Nós temos condições de mostrar o que está certo e o que está errado, o que é bom e o que pode prejudicar a gente. Se bem que muito de nós ficamos presos a redações e opiniões. Você sabe que têm certas coisas que a gente não pode falar, não pode escrever, que a gente não pode opinar, mas a gente pode fazer muita coisa sim! Temos um poder na mão para melhorar a sociedade, mas muito de nós não usam isso, muitos usam errado, mas tem as pessoas que fazem as coisas boas.

Gui – O que falta para o jornalismo ser esse instrumento de mudança?
Vivi
– Acho que precisa de ética! Acho que precisa de ética dos donos de jornal, aos jornalistas, a todo mundo que trabalha dentro de uma edição, tanto de TV, quanto de rádio, quanto de assessoria. Acho que falta muito dentro de tudo isso é ética, as pessoas não querem saber de nada, as pessoas não querem saber o que elas vão fazer, como elas vão fazer. Elas não pensam o quanto elas vão prejudicar as pessoas, só pensam em si mesmas. Eu conheço muita gente que não mede esforços para chegar onde quer. Eu acho que é uma questão de ética, é uma questão de princípios. Falta muito isso.

Gui – Você namora?
Vivi
– Eu namoro, de novo (risos).

Gui – Como é o nome do seu namorado?
Vivi
– É o Jonas. É o Jonas Feliz.

Gui – Ele é o homem da sua vida? Você acha que vai casar, ter filhos?
Vivi
– É engraçado, eu imaginei que você fosse fazer esse tipo de pergunta, eu fiquei pensando ‘eu não sei responder isso’. Sempre que a gente ama alguém a gente acha que vai, né? Eu espero que sim, eu espero que sim. Eu não posso falar por ele. Se bem que ultimamente a gente andou conversando, mas...

Gui – Vocês são muito parecidos? Muito diferentes?
Vivi
– Nós somos muito parecidos, nós somos muito parecidos! A gente gosta das mesmas coisas, a gente aprende um com o outro. Mas eu acho que para casar a gente precisa ter mais maturidade. Precisa ter mais grana do que a gente tem, porque só de amor não dá, não há psicológico que resista. Então eu acho que tem todo um trabalho a ser feito antes de casar, mas eu quero sim. Eu gosto muito dele.

Gui – Vocês tiveram uma briga. O que não tinha dado certo? Não precisa entrar em detalhes, mas foi ciúmes, foi...
Vivi
– Não foi ciúmes. Olha...

Gui – A relação desgastou, o que foi?
Vivi
– Eu acho que foi um pouco disso sim. Como eu não estava trabalhando eu fiquei muito dependente dele. Fiquei muito dependente dele. Fiquei fazendo as coisas para ele. Isso me prejudicou, prejudicou a relação. Não digo que a culpa tenha sido só minha, tenha sido só dele. Mas é... É muito um desgaste, a gente tava vivendo uma vida de casado e só tinha alguns poucos anos de namoro, sabe? A gente não teve tanto tempo de namoro, mas eu acho que isso é uma questão de maturidade. Acho que agora a gente leva as coisas de uma maneira melhor, hoje as coisas melhoraram.

Gui – O que você pensa para o futuro? Quer continuar morando em Campo Grande? Vai voltar para Corumbá?
Vivi
– Olha, eu não quero voltar para Corumbá.

Gui – Nem quando você for velhinha e disser ‘vou descansar agora’?
Vivi
– Não. ‘Vou descansar agora”, passo uma semana lá e volto. Acho Corumbá uma cidade maravilhosa, mas eu não tenho intenção de morar lá, não tenho. Agora, se por um motivo de força maior eu tiver que ir, eu vou claro. Eu gosto muito de Campo Grande também. Eu acho que é uma cidade que tende a crescer muito. Eu acho uma cidade muito bonita, me adaptei bastante, conheci pessoas ótimas. Campo Grande é uma cidade que marcou muito a minha vida. Agora fazer igual você e a Fu é para quem tem muito coragem. Ir para uma cidade muito maior...Eu quero viajar bastante, conhecer outros lugares, visitar vocês em São Paulo, sabe? Mas eu não penso em morar em uma cidade muito grande, com os problemas que as cidades grandes têm, até por que eu penso em casar e ter filhos. E para criar filhos tem que ter um ambiente legal. Eu acho que lá não tem. Eu tenho uma prima que mora lá e tem dois filhos e eu vejo gente que mora lá e as crianças não tem a infância que a gente teve. Eu quero que meus filhos tenham infância. Acho que tanto agora quanto no futuro eu sou uma pessoa um pouco mais calma. Eu acho que São Paulo ia me expulsar de lá (risos).


Gui – Daqui dez anos, você vai ter 34 anos. O que você já quer ter feito? Vai estar trabalhando com fotografia, vai ter três filhos...?
Vivi
– Eu quero ter a minha máquina fotográfica! (risos)

Gui (rindo) – Que mais?
Vivi
– Eu quero ter minha casa, meu carro, quero estar casada, pelo amor de Deus! Eu quero ter meu filhos...

Gui – Quantos filhos?
Vivi
– Por mim eu teria vários filhos, mas a minha mãe diz que depois que a gente tem o primeiro, a gente pensa muito antes de ter o resto. Mas eu quero ter filhos, eu quero muito ter filhos. Meu Deus do céu, outro dia eu estava ouvindo uma menina falar, com relação a Copa 2014: ‘vai ter a Copa aqui no Brasil e eu tenho que comprar meus ingressos para os jogos’. Eu falei ‘gente! Eu vou ter 30 anos, não sei nem se eu vou estar viva, se vou estar casada, não sei se eu vou estar morando aqui, se eu vou estar no País’. As pessoas fazem planos demais. Eu tenho os planos básicos. Nada de muito relevante por que acho que a gente tem horas que não manda muito nas coisas.

Gui – Você pensa em fazer mestrado? Ou área acadêmica não é a sua?
Vivi
– Olha, eu faria para adquirir conhecimento. Eu quero entrar numa pós, que nem comecei ainda. Quero fazer um mestrado, mas eu quero na área de fotografia, na área de audiovisual, essas coisas, que eu acho mais interessante. Mas fazer isso não para dar aula, não sei se eu sou muito boa para isso, mas para adquirir conhecimentos. Eu acho que é válido. A gente perde de não estudar, eu já estou sentindo muita falta.

Gui – Você se acha sexy?
Vivi
– Ai, meu Deus, isso foi um papo que rolou no dia da despedida de solteira da Marê. A única coisa que eu falava: “gente, eu não sou sexy, eu não sou sexy”.

Gui – Mas você tem uma sensualidade. Uma coisa de se vestir, de destacar os peitos, que você acha que são muito bonitos. Não estou dizendo que não é, acho que é a sua opinião...
Vivi
– É que você nunca viu (risos)...

Gui (risos) – Você tem isso, não tem?
Vivi
– Não sei. Acho que toda mulher tem essa coisa de querer se vestir para chamar atenção de alguém, sabe? Mas essa coisa de ser sexy, de ser sensual...num... Nossa, eu fico pensando que na despedida da Marê a gente tava... Eu posso falar? Será que eu posso falar? Não sei, mas a gente tava conversando esse negócio de ser sexy ou de ser sensual, eu falei que para fazer um streep tease, meu Deus do Céu, eu ia ter que estar muito bêbada. Eu não ia conseguir dançar de lingerie e salto alto, me achando a gostosa...

Gui – E não parecer o snoopy...(risos)
Vivi
– É, e não parecer o snoopy. Eu sou o snoopy! Quem sabe um dia o snoopy saia de mim, mas são coisas que a gente vai aprendendo com o tempo. Eu acho que com o meu namorado eu não sou o snoopy, sabe? Mas, não sei.

Gui – Você tem síndrome de Peter Pan?
Vivi
– Cara, eu não tenho medo de ficar velha, mas às vezes, eu acho que tenho atitudes um pouco mais infantis. Eu acho que é o tipo de coisa que eu tenho que mudar em mim, eu sempre penso nisso: eu já não tenho mais idade para ter certos tipos de atitudes. É uma coisa que eu tenho pensando bastante, principalmente, agora. Eu estava pensando esses tempos: tenho 25 anos, tem certas coisas que não dá mais para eu agir. Mas eu sou muito brincalhona, eu não sei...

Gui – Tem certas coisas que a gente não perde, que são da gente...
Vivi
– Mas tem certas coisas que eu queria mudar em mim, com relação a isso.

Gui – Do tipo?
Vivi
– Essa minha coisa de ser muito brincalhona e de, às vezes, não medir as consequências das coisas. Acho que o problema é esse: você brinca achando que não há problema, mas a cabeça dos outros... A gente tem que sempre pensar um pouco pelos outros. Eu acho que eu tenho que colocar um pouco isso em mim. Tem certas coisas que as pessoas não aceitam. Tem certas coisas que eu já não tenho mais idade para fazer. Tem certas coisas que eu penso como uma pessoa mais madura, mas tem algumas coisas que não. Acho que a gente sempre tem defeitos, né? Mas eu não tenho síndrome de Peter Pan, de medo de ficar velha e tal. Eu vou curtir para caramba ficar velha.

Gui – Como é a relação com os seus pais?
Vivi
– A relação com os meus pais é boa. Eles são rabugentos iguais a mim, mas a gente tem uma relação boa. Em alguns pontos com eles eu tive que agir com muito mais maturidade do que eu deveria ter agido na época que algumas coisas aconteceram. Mas a gente teve alguns problemas, em que tive que me colocar na função de mãe ou na função de pai, sabe?

Gui – Quem faz o papel de bravo e quem passa a mão na cabeça?
Vivi
– Esse é o problema na minha casa: eles competem para saber quem é que manda.

Gui – Os dois querem mandar?
Vivi
– Os dois querem mandar, mas muitas vezes, quem manda sou eu, sabe? Ou quem manda é meu irmão, esse que é o negócio. Nós temos papéis fixos, mas, às vezes, a gente troca. Ah, que isso não chegue nos ouvidos deles.

Gui – Eles vão ler essa entrevista...
Vivi
– Eles vão ficar um tanto quanto bravos (risos). Meu pai briga bastante comigo, ele é muito rabugento.

Gui – É engraçado que repetimos esses comportamentos. Tentamos não ser como eles, mas acabamos muito parecidos. Eu sou muito parecido com a minha mãe em algumas coisas.
Vivi
– Nossa! Tem muita coisa que eu não gostaria de ter deles. Tem muitas coisas que eu gostaria de ter.

Gui – São defeitos graves e visíveis e você vai lá e faz a mesma coisa...
Vivi
– Faz a mesma coisa, a mesma coisa. Eu sou rabugenta igual, eu sou briguenta igual meu pai. Minha mãe sempre fala isso: você é igual ao seu pai.

Gui – Vamos para o bate-bola?
Vivi
– Vamos!

Gui – Um lugar?
Vivi
– A minha casa, ultimamente eu tenho gostado muito dela (risos).

Gui – Família
Vivi
– Cara, família, foi o que me ajudou a estar aqui hoje. Foi o que me ajudou a dar força, foi o que me ajudou a ter um norte e a buscar minha independência. Eles sempre foram muito parceiros, são as pessoas que me dão força para chegar onde eu quero.

Gui – Um exemplo
Vivi
– Um exemplo? Um exemplo, para mim, são os meus amigos. A gente na faculdade se deu tão bem que, os meus amigos são os meus exemplos de como crescer.

Gui – Amor
Vivi (fazendo voz carinhosa)
– Amor é o gordo! (risos)

Gui – É assim que você chama ele? É o apelido?
Vivi
– É o gordo, é o gordo. Ele tem um apelido muito comprido, deve ter umas 15 palavras, mas deixa só para ele (risos).

Gui – Não pode falar?
Vivi
– É bocó demais, dá vergonha de falar...


Gui – Agora vai...
Vivi
– Não, não, não...

Gui – Vai, Viviane... Com qual palavra começa?
Vivi
– É princeso, a primeira palavra é princeso.

Gui – E a última?
Vivi
– Senhor bigodes (risos)

Gui (rindo) – Já está bom.
Vivi
– A gente sempre acha uns apelidos desses...

Gui – Fotografar
Vivi
– É por a alma da gente em exposição!

Gui – Uma qualidade?
Vivi
– Em mim? Eu sou pau para toda obra!

Gui – Uma qualidade que você admira nas outras pessoas?
Vivi
– Força de vontade

Gui - Um defeito seu?
Vivi
– Meu Deus do céu, vamos começar pela lista...

Gui (risos) – Só um dos 15 que você lembrou...
Vivi
– Ai, um defeito meu? Ajuda aí Guilherme, é difícil falarmos dos defeitos da gente. Um defeito meu? (solta uma gotícula de saliva voadora)

Gui – ... Que você baba (risos). Isso é um defeito grave
Vivi (rindo)
– Agora foi sem querer, eu não babo sempre. Um defeito meu? Sou muito mandona. Sou extremamente mandona, esse é um defeito muito claro.

Gui – Um defeito que você não gosta nas outras pessoas
Vivi
– Não gosto de gente egoísta, não gosto de gente egoísta.

Gui – Como que você gosta das pessoas da nossa turma?
Vivi
– É por que eu já me adaptei (risos).

Gui – Um momento de alegria?
Vivi
– A formatura foi um momento de alegria! A gente chorou tanto, mas foi tão legal. Foi tão feliz!

Gui – Um momento de tristeza?
Vivi
– Cada vez que um amigo meu vai para longe de mim é um momento de tristeza, sempre. Cada momento desse é um momento de tristeza.

Gui – Uma comida
Vivi
– Você vai perguntar isso para uma pessoa igual a mim? Ai, deixa eu pensar. Estrogonofe. Adoro estrogonofe.


Gui – Uma fruta
Vivi
– Pêssego

Gui – Uma cor
Vivi
– Amarelo!

Gui- O Brasil
Vivi
– Um lugar que pode melhorar bastante. Eu acho que vai entrar no rumo certo

Gui – O jornalismo?
Vivi
– A melhor profissão do mundo

Gui – Uma frase?
Vivi
– Eu não sou o tipo de pessoa que tem frase (risos). Eu não sei nenhuma de cabeça.

Gui – Um poeta
Vivi
– Eu gosto do Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, do Vinícius de Moraes.

Gui – Você não lembra nada deles? Uma poesia que você goste...
Vivi
– Deixa eu ver... Olha, eu sei tantas do Vinícius, mas não sei quais. Você sempre cai no clichê da mais falada. Eu gosto de um poema do Vinícius, que chama Poema Enjoadinho, que fala sobre os filhos. [Filhos... Filhos?/ Melhor não tê-los!/ Mas se não os temos/ Como sabê-lo?/ Se não os temos/ Que de consulta/ Quanto silêncio/ Como os queremos! (...)]

Gui – É legal?
Vivi
– É muito bonitinho. Fala dos prazeres e dos desesperos de ser pai.

Gui – Um livro
Vivi
– “De Amor e Trevas” de Amós Oz. É um dos meus escritores preferidos. Ele e o Gabriel García Marquez são meus escritores preferidos. Esse “De Amor e Trevas” é um livro fantástico.

Gui – Uma foto
Vivi
– Uma do Sebastião Salgado, de um livro dele que é só sobre os trabalhadores. São uns trabalhadores em uma fábrica, então é tudo muito escuro, me parece alguma coisa muito suja, me parece petróleo. Sei lá é tudo muito escuro. Eu acho que ele consegue passar muito. Não parece ser a pessoa mais agradável do mundo e ele consegue passar isso. Tem uma outra fotógrafa que eu gosto que é a Cristina García Rodero, uma espanhola. Ela fez um ensaio sobre as crianças na... Tem uma festa, acho que é na África, e todas as crianças estão mergulhadas na lama e outras que estão com a cara branca. Tem muitas fotos, tem muitos fotógrafos que eu gosto. Então, falar de um só é complicado.

Gui – Você se lembra de alguma matéria que te marcou no jornal escrito, televisivo, radiofônico ou on-line? Algo que você considerou foda e pensou: “queria ter escrito isso”?
Vivi
- Olha, eu vou te confessar uma coisa: minha memória é ótima para coisas inúteis

Gui – Para coisas úteis...
Vivi
– Olha, essa é uma frase boa: ‘Minha memória é ótima para coisas inúteis!’


Gui – Olha, que eu começo meu texto sobre você com isso.
Vivi (risos)
– Terrível. Não vou conseguir lembrar de uma matéria. Eu lembro das coisas de mais impacto, sabe? Coisas de acidente me deixam muito assustada, mas agora eu não consigo lembrar de uma matéria que eu gostaria de ter escrito, eu não consigo lembrar. Mas eu sei que eu queria ter feito a cobertura de Woodstock. Eu ia me divertir horrores.

Gui - Uma novela?
Vivi
– Novela? Nossa, além de Maria do Bairro? (risos). Além de Maria de Maria do Bairro, só Carrossel, cara!


Gui – Um ator
Vivi
– Um ator.... O Johnny Deep, acho que é um ator bom. “Onde eu compro um Johnny Deeep?”, eu tenho essa comunidade no Orkut.

Gui – Uma atriz
Vivi (silêncio)
– Você vê como para essas perguntas eu sou difícil. Tenho que pensar bastante.

Gui – A pessoa bloqueia as mulheres da vida...
Vivi
– Eu bloqueio tudo, nunca vi, quando em casa perguntam eu entro em curto. Tem um cachorro ali que parece um porquinho da índia. É... Uma atriz? Eu gosto da Jud Dret. Ah, e eu adoro a Julie Andrews...

Gui – Chega, né?! Um lugar de Campo Grande que você adora?
Vivi
– O Horto. Adoro o Horto.

Gui – E de Corumbá?
Vivi
– Um lugar que eu adoro em Corumbá? Tem tanto lugar, além da minha casa, da casa da minha avó. Cozinha da casa da minha avó é o lugar que eu mais gosto de Corumbá.

Gui – Um recado final. Um beijo para mim, para sua mãe, para Sasha...
Vivi
– Eu não quero dar um beijo na Xuxa, nem na Sasha. Eu quero falar que é muito bom ter vocês como amigos e foi muito bom esse final de semana que eu pude ver vocês. Foi muito bom! Eu acho que a gente se encontrou e tem muitas coisas ainda para viver juntos. Um beijo para o Jonas, para minha mãe, para o meu pai e para o meu irmão e para minha avó também.

Gui - Faltou a Xuxa e a Sasha, né?
Vivi
– A Xuxa e a Sasha não!

Gui – Nem para a Maísa?
Vivi
– Aquela guria usa droga, cara!

Gui – Para a Maria Fernanda todo mundo usa droga também. Se tem um atendente meio retardado em São Paulo, ela fala: ‘essa pessoa usa droga’.
Vivi
– Todo mundo usa droga, mas a Maysa usa mais. Essa mãe dá leite com Prozac para essa criança.

Gui – Quem é Viviane? Viviane por Viviane.
Vivi
– Você está cheio de perguntas difíceis. Eu tinha razão em ter medo da entrevista.

Gui – Você estava achando que acabou, né?
Vivi
– Eu estava achando que acabou na hora do beijo. Não... Ai, Viviane por Viviane? Não sei, eu sou uma pessoa que está em constante construção. A cada hora eu descubro uma rachadura nova e a cada hora eu tento consertar. Eu acho que eu sou uma pessoa em constante construção, atéeee... Eu acho que a gente só finaliza isso quando morre. Que é uma coisa do dever cumprido.

Gui – Você é uma mulher forte?
Vivi
– Eu acho que eu sou uma pessoa forte. Eu sou uma pessoa decidida, que está encontrando agora a sua determinação, o seu propósito. Acho que agora eu estou começando a amadurecer, agora a construção está ficando mais avançada.

Gui – Já ergueu as paredes?
Vivi
– Já ergui as paredes, o problema é que falta o teto, né? (risos)

Gui – E o acabamento, né? (risos)
Vivi
– Isso foi sacanagem (risos).

Gui (rindo) – Foi zueira.
Vivi
– Isso não vale.

Gui - Ah, então, tá, é isso. Quer falar mais alguma coisa?
Vivi
– Não, não... Eu fico sem-graça, é engraçado como eu pareço extrovertida e sou tímida.



Eu em 2004, by Viviane Amorim.

Um comentário:

Felipe Glück disse...

*
Caríssimo Guilherme,

sobre a conversa que tivemos na magnífica volta do almoço que tivemos sobre o seu blog,
tenho q discordar de você.
Li a entrevista que você fez com sua amiga, inteira, num fôlego apenas e quando acabou disse para mim mesmo:
aaaaaaaaaaaaaaa que peninha.... Discordo que a entrevista interesse apenas quem há conhece, eu não a conheço
e fiquei interessadíssimo. Definitivamente adoreiiii....
Mais um exemplo de criatividade nessa turma maravilhosa. Que já falei várias vezes ter uma "inveja boa"
de várias ideias de nossos colegas.
Parabéns galera e saudades de todos ou quase todos... heheheheh brincaderinha

*e-mail encaminhado por Felipe Glück para o grupos da pós de Jornalismo Literário